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MEC incentiva educação a distância para formar professores

Por Agencia Estado
Atualização:

A educação a distância pode ser uma alternativa para acelerar a formação dos professores que não têm diploma de nível superior, segundo o Ministério da Educação (MEC). Mas muitos projetos ainda estão em fase inicial. É o caso da Unirede, o maior projeto de educação a distância do País, que reúne 33 instituições de ensino superior. A idéia, explica Dóris de Faria, coordenadora da Unirede é iniciar ainda este ano a formação de 33 mil professores. Mas para que o curso comece a funcionar o governo precisa liberar uma verba de R$ 5 milhões. Como a verba já estaria prevista no Orçamento, ela acredita que o risco de os recursos não serem liberados é pequeno. A Unirede está funcionando com cursos de capacitação para 138 mil professores. O MEC está estimulando esse tipo de proposta por acreditar que os cursos a distância podem tornar mais rápida a formação dos professores. Isso é necessário porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelece que até 2007 todos os professores do ensino fundamental devem ter curso superior. Hoje, para dar aula da 1ª à 4ª série basta o diploma de ensino médio. O MEC estima que 700 mil professores precisam completar os estudos até 2007. "É uma maneira de acelerar o processo", afirma Eduardo Machado, coordenador-geral de Implementação das Políticas Estratégicas de Ensino Superior do MEC. A coordenadora da Unirede acredita que a educação a distância é uma boa saída para o Brasil superar os problemas de formação dos professores e da população em geral. "O Brasil é muito grande e diferenciado, por isso os índices acabam sendo ruins." Segundo Machado, muitas universidades estão criando esse tipo de cursos em parceria com governos estaduais e municipais. O MEC mantém em seu site na internet (www.mec.gov.br) uma relação de instituições autorizadas a oferecer cursos de licenciatura. Ele explica que as universidades e os centros universitários têm autonomia para montar cursos a distância, desde que informem o MEC. As faculdades isoladas têm de apresentar um projeto e pedir autorização ao ministério. O coordenador diz ainda que mesmo que a maior parte do curso seja a distância, as avaliações e os estágios têm de ser feitos com a presença dos candidatos. Além disso, o MEC exige que a instituição mantenha um laboratório para autorizar o curso.

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