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MCCain defende caças F-18 em encontro com Dilma

Por LISANDRA PARAGUASSU E LEONENCIO NOSSA
Atualização:

O senador republicano John MCCain (Arizona) esteve hoje com a presidente Dilma Rousseff e aproveitou para defender a compra, pelo Brasil, dos caças americanos F-18 Super Hornet, da Boeing. Ao senador americano, a presidente informou que a preocupação brasileira é a transferência de tecnologia, importante para a indústria brasileira. MCCain respondeu a Dilma que pretende trabalhar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o Congresso americano para deixar claro que haverá a transferência que interessa ao Brasil."Nós conversamos sobre a venda dos caças. Há uma preocupação sobre transferência de tecnologia. Minha intenção é voltar aos Estados Unidos e deixar bem claro ao presidente e ao Congresso que é preciso deixar claro que haverá uma transferência completa de tecnologia caso o governo brasileiro decida adquirir os F-18", disse o senador, ao sair do encontro com a presidente no Palácio do Planalto.O senador, acompanhado do seu colega John Barraso (Wyoming), também esteve no Ministério da Defesa. Mas os dois não ouviram nem de Dilma nem do ministro Nelson Jobim uma data para o anúncio da decisão sobre a compra dos caças.A novela da compra dos caças pelo governo brasileiro já se arrasta desde 2007. Por diversas vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve por anunciar a escolha brasileira, mas terminou por deixar o problema nas mãos da sua sucessora. A preferência de Lula e do Itamaraty era pelos caças franceses Rafale, por conta da relação diplomática com a França. Os militares, no entanto, preferem fechar o negócio com a sueca Saab, fabricante dos Gripen. O negócio, de US$ 4 bilhões, motivou até mesmo a vinda do presidente francês Nicolas Sarkozy para a última comemoração do 7 de setembro, em Brasília.MCCain demonstrou "esperança" de que os caças americanos sejam escolhidos, mas afirmou que não vai haver pressão política por parte dos Estados Unidos. "Eu acredito que a decisão será baseada em méritos", afirmou.

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