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Marun diz que inquérito dos portos pode estar sendo vazado em troca de dinheiro

Ministro da Secretaria de Governo afirmou que é preciso investigar a origem dos vazamentos, que podem estar sendo pagos

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Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), disse na terça-feira, 8, que informações sobre o inquérito que investiga o presidente Michel Temer por suspeitas de irregularidades na edição do decreto dos Portos podem estar sendo vazadas para imprensa em troca de remuneração financeira. Sem citar nomes, ele afirmou que há órgãos de imprensa que parecem ser "receptadores de produtos de crime" e cobrou investigação sobre esses supostos vazamentos.

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"Esse inquérito dos portos, primeiro, deveria ser encerrado, porque é fonte de vazamento e vazamento é crime. Se um cidadão é receptador de produto de crime, ele é preso. Agora, existem órgãos da imprensa que parecem que são receptadores de produtos de crime, do crime de vazamento.", afirmou. "Quem me garante que não estão pagando? Quem garante que isso não está chegando em alguns órgãos de imprensa mediante remuneração financeira?", emendou.

Questionado sobre quem poderia estarpagando pelo material, Marun foi evasivo e disse que não estava 'acusando ninguém'. Foto: André Dusek/Estadão

Questionado sobre quem estaria pagando, Marun foi evasivo e disse que não estava "acusando ninguém". "Estou levantando a necessidade de uma investigação séria sobre isso. Estou exigindo, inclusive, que se faça uma investigação séria sobre isso porque, a princípio, ninguém está acima da lei. Existem vazamentos seletivos e existem vazamentos que produziram resultados financeiros importantes", declarou.

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Para o ministro, o inquérito precisa ser encerrado, porque está "completamente contaminado pela existência constante de vazamento seletivo". "Isso é receptação de produto criminoso, certo? Então, deveria ser investigado. Isso não é fonte. Fonte é uma coisa, crime constante é outra", afirmou. Para ele, a perseguição com o governo Temer é a mesma com o governo Dilma. "É a mesma estratégia: vaza, divulga, desmoraliza e segue em frente", disse.

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