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'Marta será candidata em São Paulo', diz presidente do PSB

A estratégia do PSB é adiantar formalmente a escolha do nome para ampliar o leque de alianças e dar segurança aos aliados; senadora ainda não oficializou ida para a sigla

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

São Paulo - O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta terça-feira, 28, que a senadora Marta Suplicy disputará a prefeitura de São Paulo pela legenda em 2016. "O nome dela já está definido no partido. A candidatura faz parte da nossa estratégia de priorizar as capitais e grandes cidades no ano que vem", afirmou o dirigente. Ex-prefeita da capital, Marta deixou nesta terça oficialmente o PT depois de três décadas na legenda. 

A estratégia do PSB é adiantar formalmente a escolha do nome para ampliar o leque de alianças e dar segurança aos aliados. Segundo Siqueira, o nome da senadora também é aprovado pelo PPS, que deve fundir-se com o PSB. Apesar de ter sinalizado que irá para o partido, Marta ainda não oficializou a decisão. 

A senadora, uma das fundadoras do PT, vinha de um processo de desgaste com o partido desde a campanha eleitoral de 2014, quando foi preterida na disputa pelo governo paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão

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O PSB vai discutir em reunião da Executiva Nacional nesta quarta-feira, 29, a possível fusão com o PPS. Segundo informou ao Broadcast Político o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a reunião foi convocada com o intuito principal de discutir a união, até agora debatida informalmente entre os dirigentes do PSB. "O início da discussão formal será amanhã. Tem um sentido político na fusão, já que PPS e PSB têm afinidades históricas. Mas vamos ouvir os membros da Executiva com o intuito de não impor uma decisão a ninguém", afirmou Siqueira.

A decisão de prosseguir com o projeto de fusão com o PPS foi articulada pelo grupo que vem ganhando força dentro do PSB desde o rompimento com o PT e o lançamento da candidatura do falecido Eduardo Campos à Presidência. É o mesmo grupo que defendeu o apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno, cujos componentes mais notórios são o presidente do PSB em São Paulo, Márcio França (vice-governador do tucano Geraldo Alckmin), o ex-deputado que foi vice de Marina Silva nas eleições, Beto Albuquerque (RS), o deputado Júlio Delgado (MG), e Geraldo Júlio, prefeito de Recife, e Paulo Câmara, governador de Pernambuco. E foi reforçado com o afastamento de figuras históricas do PSB mais alinhadas à esquerda e com laços antigos com o PT, como Roberto Amaral - que perdeu a presidência da sigla e a posição na Executiva - e Luiza Erundina - que foi contra apoiar Aécio e também deixou a Executiva. 

Segundo fontes do PSB ouvidas pelo Broadcast Político, a tendência é aprovar a fusão com o PPS. Se não acontecer já amanhã, a aprovação formal da Executiva deve acontecer até maio. O movimento não deve contar com apoio folgado da direção, mas será provavelmente aceito com os votos do grupo que se tornou majoritário.

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