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Marta rebate críticas de Kassab sobre 'escolas de lata'

Petista diz que prefeito era sercretário na gestão de Pitta, quando, segundo ela, as escolas foram construídas

Por Carolina Ruhman e da Agência Estado
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, decidiu rebater nesta terça-feira, 26, as críticas do adversário do DEM e atual prefeito da Capital, Gilberto Kassab, feitas nos programas do horário eleitoral gratuito na TV. "Ele se apropria um pouco demais de obras dos outros, das minhas, do Alckmin, do Serra, do Covas, e a população percebe isso", disse Marta, após participar de debate na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). A candidata do PT vinha adotando uma postura de não rebater os constantes ataques feitos por Kassab.   Veja também: Tenho mais votos que Alckmin e Kassab juntos, diz Marta Divido com Serra a alegria de subir nas pesquisas, diz Kassab Alckmin diz que Serra na campanha 'não tem efeito prático' Veja a íntegra da última pesquisa  Multimídia: Perfil dos candidatos  Guia tira dúvidas do eleitor    "As escolas de lata foram construídas todinhas na gestão do Pitta, da qual o Kassab era secretário do Planejamento, então me parece um pouco estranho ele fazer esse tipo de discurso", ironizou. E arrematou: "Ele planejou as escolas". De acordo com Marta, ela foi responsável em sua gestão pelo início da substituição das escolas de lata por escolas de alvenaria. "Se ele acabou, muito bom", alfinetou.   Marta aproveitou também para criticar a gestão atual da Prefeitura, pois na sua avaliação houve um retrocesso no processo de descentralização do poder das subprefeituras. "Fiquei muito aborrecida porque acho que houve um retrocesso gigantesco."   Ela atacou também a gestão do prefeito Kassab e de membros do PSDB (partido que compõe o Executivo municipal) na administração dos Centros Educacionais Unificados (CEUs). "Ouço reclamação em todo lugar, a qualidade decaiu muito", disse. Marta prometeu focar sua administração, caso seja eleita, no "conceito do CEU". "Na nova gestão será o conceito do CEU, que é o importante, que é o que eu acho que é difícil para o PSDB entender."   Pés no chão   Com 17 pontos acima do segundo colocado nas pesquisas e a quatro dias de receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha, a candidata  afirmou que não conta com a vitória no primeiro turno.   "Nós não estamos pensando nisso não, a gente está muito feliz de o presidente vir, mas nós acreditamos que nada de salto alto", afirmou Marta a jornalistas nesta terça-feira após realizar palestra na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.   Pesquisa Datafolha divulgada no sábado mostrou Marta subindo de 36 por cento para 41 por cento, abrindo 17 pontos percentuais de vantagem sobre Geraldo Alckmin (PSDB), que caiu de 32 para 24 por cento. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) passou de 11 para 14 por cento.   A alta de Marta e a queda de Alckmin já havia sido apontada em pesquisa Ibope anterior. Para ganhar no primeiro turno, em 5 de outubro, é necessário obter 50 por cento mais um dos votos válidos.     Texto atualizado às 18h50   (Com Reuters)

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