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Marta ironiza fato de Alckmin andar com Aécio e não Serra

Petista ainda reitera críticas à suposta falta de projeto do governo tucano para o metrô e atrasos em obras

Por e Silvia Amorim
Atualização:

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, reagiu com ironia à notícia de que seu adversário tucano, Geraldo Alckmin, recebeu o apoio do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). O mineiro esteve ontem em São Paulo e visitou o comitê da campanha tucana. Após almoçar com representantes de clubes da capital, Marta alfinetou Alckmin pelo fato de o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), manter-se longe da campanha. "Certamente, ficará a indagação sobre por que o governador do Estado dele não vai nessa caminhada", disse a petista. A caminhada programada de Alckmin e Aécio foi suspensa por causa da chuva. Eles tomaram café em uma padaria ao lado do comitê. Alckmin também foi citado por Marta enquanto ela apresentava propostas para o transporte público. A petista voltou a dizer que só não aplicou dinheiro no metrô quando era prefeita porque faltou projeto do Estado. E repetiu que a gestão do ex-governador não entregou obras dentro do prazo. "O projeto do metrô de São Paulo está muito atrasado." Coube ao deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), coordenador da campanha de Alckmin, rebater as declarações. "No momento certo, o governador Serra vai entrar na campanha", afirmou. "Agora, a Marta não entende porque está acostumada a sempre pegar carona com alguém." Sobre as críticas ao metrô, ele voltou a dizer que a petista "não colocou um centavo sequer" para expandir a rede. EX-PRESIDENTE Além de Aécio, o candidato tucano ganhou a adesão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à sua campanha. A primeira aparição de FHC no palanque do PSDB em São Paulo está marcada para a próxima semana. O encontro foi confirmado ontem por Alckmin: "Hoje (ontem) recebi um telefonema do Fernando Henrique. Ele falou que viu na imprensa que ele não está na campanha e disse: ?É só me chamar, eu quero participar.?" O candidato admitiu que não havia convidado o ex-presidente. "Não quero incomodar. O presidente acabou de sair de um momento difícil", justificou, referindo-se à morte da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. "Mas já marcamos. Na semana que vem ele vem aqui tomar um café e vamos reunir a militância." O engajamento de FHC é emblemático, pois ele fez parte do grupo de tucanos que defendeu apoio à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). Com FHC, crescerá a pressão para que Serra também suba no palanque de Alckmin. Dividido entre Kassab e o tucano, Serra tem preferido ficar fora da eleição. Ele mesmo já admitiu que a situação é difícil. Ontem, Aécio o defendeu. "O Serra sempre foi companheiro do Geraldo. Vamos compreender as circunstâncias em que ele vive. Acho que ele saberá construir essa transição naturalmente. Vamos dar tempo ao tempo." Aécio foi o segundo governador tucano a visitar Alckmin. O primeiro foi José Anchieta, de Roraima, que esteve na capital em julho.

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