Marta evoca Lula em lançamento de programa de governo

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Por Carolina Ruhman
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A candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, voltou hoje a evocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a destacar programas federais durante o lançamento do seu programa de governo, em evento realizado no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. "Nesses anos de governo do presidente Lula, o Brasil superou a estagnação econômica e retomou, com uma vitalidade nunca antes vista, os caminhos do crescimento", declarou a petista, acrescentando que com esta situação econômica a capital paulistana também cresceu, embora tenha ficado "aquém de onde poderia ter chegado". Marta criticou as gestões anteriores, afirmando que "a cidade não foi preparada para este crescimento, em conseqüência da falta de visão e da falta de planejamento municipal". O programa de governo da petista diz que "o governo do presidente Lula vem promovendo o maior movimento de inclusão e ascensão social da história brasileira" e cita o programa Bolsa Família. Na educação, Marta pretende criar o programa Pró-Criança, caso seja eleita. O projeto é uma adaptação do ProUni, programa do governo federal que concede bolsas de estudo em universidades privadas. Marta chegou a prometer durante o lançamento de seu programa de governo a isenção do Imposto sobre Serviços (ISS) para profissionais liberais. Entretanto, durante coletiva de imprensa, Marta voltou atrás e limitou-se a prometer diminuir o imposto "de forma contundente, quase próximo a zerar". "Vamos adotar uma medida fiscal para favorecer individualmente o cidadão sem afetar em nada as finanças do município: a isenção de ISS para os profissionais liberais autônomos", disse a petista durante o discurso. Pouco depois, durante entrevista a jornalistas, Marta disse: "Em relação ao ISS, é uma das áreas onde nós vamos diminuir o máximo que der." Transporte Marta promete implementar, com ajuda dos governos estadual e federal, uma "rede estrutural de transporte coletivo, composta de metrô, trens e corredores de ônibus". A idéia é implementar em quatro anos 47,4 quilômetros de metrô na cidade junto com o governo estadual. "O sistema de transporte na cidade de São Paulo só vai funcionar se investirmos em metrô", declarou Marta, acrescentando que "a obrigação principal, prioritária, de um prefeito tem sempre que ser o transporte de superfície. O metrô é (obrigação do) Estado". Seu programa também prevê a implantação de 228 quilômetros de corredores de ônibus, em um investimento de R$ 4,2 bilhões. Com 50 páginas, o documento cita as propostas de Marta para a prefeitura em seis partes: ação social, segurança e habitação; transporte, trânsito e economia urbana; saúde e meio ambiente; educação e pesquisa; cultura, esporte e lazer; e descentralização, participação e integração metropolitana.

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