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Marta e Serra fazem o primeiro "debate"

Por Agencia Estado
Atualização:

Em entrevistas ao vivo, os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e José Serra (PSDB) travaram na noite de ontem seu primeiro debate pela TV após o 1º turno das eleições. Durante o SP-TV, da Rede Globo, ambos repetiram suas idéias e se esmeraram em simpatias com os eleitores que pretendem conquistar. Marta disse que buscará o voto dos eleitores mais pobres e Serra, o das mulheres, a maioria do eleitorado, frisou. "Eu hoje estive na zona leste e na zona sul", disse a prefeita, acrescentando que irá percorrer toda a cidade. Mas ressaltou que sua preocupação agora é conquistar os eleitores mais carentes que não lhe deram o voto no primeiro turno. "Nossa votação entre as pessoas mais pobres foi muito maior do que a do outro candidato. Elas foram as grandes beneficiadas desse governo". Marta disse que também buscará o apoio das pessoas mais abastadas, argumentando que, apesar de elas não serem beneficiadas por seus programas sociais, os que trabalhaM com ou para elas o são. "Que elas pensem no bilhete único, no CEU, nas crianças que vão usar o uniforme da Prefeitura, como isso beneficia a maioria dessa população e acaba trazendo mais harmonia para a cidade, assim como o renda-mínima diminuiu muito a violência na periferia", disse. Sem mudanças Sobre se pretende mudar sua campanha no segundo turno, Marta disse que não. "Eu tenho propostas, desde o primeiro minuto este é um governo que tem priorizado (a população carente), porque ninguém fez o bilhete único, ninguém fez os CEUs, ninguém fez tudo o que a gente fez, com uma prioridade muito clara, fazendo o planejamento que é necessário. Agora, eu olho a minha cidade e é uma cidade hoje diferente. O centro está bonito, as avenidas estão bonitas, nós estamos limpando toda essa sujeira da eleição, vai aparecer a beleza que ficou a (avenida) Nove de Julho, as grandes avenidas recapeadas. Então, eu estou satisfeita com essa discussão e quero aprofundá-la. Este é o momento de aprofundar a discussão." Os votos que faltam O candidato tucano, ouvido em seguida, perguntado sobre onde pretende buscar os 400 mil votos que faltaram para a sua eleição, disse que as mulheres são uma parte importantíssima a ser conquistada, mesmo porque elas são maioria. "Vamos buscar entre os eleitores e as eleitoras. Essa é nossa aliança fundamental: com as pessoas. Eu queria, inclusive, agradecer muito ao apoio que nós tivemos neste primeiro turno; um apoio que foi por toda a cidade, entre todas as classes sociais. Estou muito satisfeito. Agora, vamos para a batalha do segundo turno." Campanha positiva Sobre se pretende conquistar os eleitores que votaram nos demais candidatos, especialmente os de Paulo Maluf, Luiza Erundina e Paulinho, José Serra repetiu que irá buscar os votos de todos eleitores e eleitoras. "Vamos reforçar a posição entre os nossos, aqueles que já votaram, e entre aqueles que não votaram vamos procurar aprofundar a discussão a respeito de propostas. Nós vamos fazer uma campanha positiva e propositiva, como nós já fizemos no primeiro turno. E eu estou confiante de que isso vai dar certo, e que as pesquisas de hoje, que me dão uma vantagem razoável, se materializem na urna no segundo turno. O voto malufista Sobre o fato de cientistas políticos afirmarem que sua candidatura é a mais provável opção para os eleitores de Paulo Maluf e se pretende convidar o ex-prefeito para subir em seu palanque, José Serra respondeu: "Eu vou convidar os eleitores e eleitoras de todos os outros candidatos a me apoiarem, a votarem em mim. Na política, o partido vai ver com quem conversa, com quem deixa de conversar. Mas a nossa aliança fundamental não é com políticos, é com os eleitores e eleitoras, porque cada um decide autonomamente. As pessoas ouvem aquele em que votaram, vêem programa de televisão, lêem jornais etc. mas decidem por conta própria, no seu íntimo. E é nesse íntimo que nós queremos chegar." O voto da periferia O candidato do PSDB disse que, a exemplo da candidata petista, teve também votações muito altas em alguns lugares da periferia. "Eu estive sempre lá, e vou continuar estando, conversando, trocando idéias, ouvindo os problemas das pessoas. Entre eles, o que aparece em primeiro lugar é a questão da saúde, cujo retrocesso em São Paulo tem castigado especialmente a população mais pobre. Nós temos proposta para isso, temos biografia e mostramos o que poderemos fazer."

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