PUBLICIDADE

Marta e Kassab discutem sobre segurança e habitação

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy, fez críticas ontem à gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM), em duas áreas: habitação e segurança. Em reunião com lideranças de bairro em Sapopemba, zona leste, Marta ainda prometeu aos eleitores um governo "sintonizado" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito, que há uma semana lança desafios diários de comparações de gestões com a ex-prefeita, rebateu as críticas logo na seqüência, em visita à Universidade Adventista, no Capão Redondo, zona sul. Até ontem, Marta vinha evitando o embate com Kassab, terceiro colocado nas pesquisas, e centralizando suas críticas em Geraldo Alckmin (PSDB). Ontem, acompanhada de seu candidato a vice, Aldo Rebelo (PC do B), deputados e vereadores, Marta se reuniu com cerca de 200 pessoas na Paróquia São Luís. Após ouvir pedidos da população, discursou falando do "retrocesso" na habitação. "A situação do déficit habitacional de São Paulo é gigantesca, são 800 mil." A ex-prefeita prometeu que trabalhará com urbanização de favelas, regularizações fundiárias e, em especial, "aumento de crédito junto ao governo federal". "O governo federal manda o recurso, o Estado também coloca e a prefeitura vai colocar, porque hoje não põe", acusou. Kassab respondeu que Marta está equivocada e que lançará nos próximos dias um comparativo das duas gestões municipais. "Só de intervenções fizemos 106, que beneficiaram 146 mil famílias", rebateu. "Fazer promessas é fácil, quero comparar é o que foi feito", atacou. Segundo ele, para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para habitação, a União enviou R$ 250 milhões; o Estado, R$ 480 milhões; e a Prefeitura, R$ 450 milhões. Quanto à segurança pública, Marta foi mais contundente. "Nós criamos a Secretaria de Segurança na nossa gestão e ela está desativada. Aconteceu que a Guarda Municipal teve seu efetivo diminuído", afirmou. Segundo a petista, abusos da guarda que chegam aos seus ouvidos são reflexo direto do que ela chamou de "tutela da polícia" sobre a corporação. "A guarda tinha treinamento excepcional na nossa gestão, que era preventivo, de respeito e proteção ao cidadão. E agora não há um lugar que eu vou que não reclamam." Kassab negou que tivesse diminuído o efetivo. "Pelo contrário, aumentamos." E disse ainda que Marta precisa "consultar o dicionário" para não confundir "tutela" com "parceria". "Estamos modernizando a guarda e pela primeira vez a corporação vai ter uma sede própria, que será inaugurada nesta segunda." Sobre sua parceria com Lula, a ex-prefeita ressaltou que o presidente está "pronto para entrar em sua campanha". Segundo ela, "o momento econômico é muito favorável" às ações propostas pelo PT. "Porque o Brasil está bombando e o presidente da República tem uma responsabilidade social", afirmou. Marta disse que Lula embarcará em sua campanha quando for preciso. "Por enquanto não achamos necessário." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.