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Marta diz agora que está propensa a candidatura em São Paulo

Por CARMEN MUNARI
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A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), disse nesta quinta-feira, após receber o apelo de cerca de 30 parlamentares petistas, que está propensa a disputar a prefeitura de São Paulo. O diferencial, segundo a ministra, é a demonstração de unidade da legenda em torno de seu nome. "Foi muito forte o apelo porque não só mostra o partido muito unido, mas principalmente mostra todo o partido no Estado de São Paulo. Me tocou muito profundamente. Isso me deixa em uma situação dificílima e muito propensa a aceitar", afirmou Marta a jornalistas. Desde que seu nome vem sendo sondado para concorrer, esta é a primeira manifestação mais clara de Marta no sentido da candidatura. Ela pretendia usar o prazo de 5 de junho, quando a Justiça eleitoral prevê a desincompatibilização, mas agora indica que terá uma posição nas próximas semanas. A decisão final, afirmou, não será tomada antes de uma nova conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em março, a ministra, prefeita entre 2000 e 2004 e candidata derrotada à reeleição em 2004, recebeu o aval do presidente para concorrer. "Os argumentos foram além da capital, da disputa no Estado e da disputa nacional. Nós acreditamos que São Paulo é São Paulo e a minha responsabilidade em não aceitar o desafio seria muito grande, então realmente isso toca", afirmou. O encontro, realizado em um hotel de Brasília, reuniu vereadores, deputados estaduais e federais, além dos dois senadores petistas, Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy. PMDB Marta avaliou que a decisão do PMDB de apoiar a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM), formalizada nesta quinta-feira, atinge principalmente o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também pretende disputar a eleição. "Eu acho que quem ficou numa situação desfavorável foi o governador Alckmin, quando seu próprio partido articula na direção contrária a ele", disse, referindo-se à participação da ala tucana do governador José Serra (PSDB) nas negociações. O PT, que estava em conversas avançadas com o presidente do PMDB, Orestes Quércia, vai intensificar as negociações com PSB, PDT, PR, PCdoB e PV. Para o presidente do PT paulista, Edinho Silva, que considera "um equívoco" a decisão do PMDB, o PR é uma das siglas prioritárias, por ter dado apoio a Marta na primeira gestão. No caso do PSB, que não esconde estar negociando com todos os principais candidatos, Marta já se encontrou com Luiza Erundina, que é reticente sobre o apoio. Esses partidos, segundo Edinho, sabem que "serão dois campos de força depois de 2008, a disputa entre dois lados". Trata-se de optar entre o lado do presidente Lula e o da oposição, raciocina.

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