PUBLICIDADE

Marrey diz que greve no Judiciário de SP é eleitoreira

PUBLICIDADE

Por Ana Conceição
Atualização:

O secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo e ex-secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, disse hoje que a greve dos servidores do Judiciário paulista, que pedem reposição de 20,16%, tem motivação eleitoral. Segundo ele, a lei eleitoral impede que se conceda reajuste salarial como o reivindicado pela categoria."Essa proposta não pode ser para valer. Só isso já mostra que há motivações de outra natureza, que não se trata de um movimento de natureza sindical", afirmou, após participar da abertura do 49ª Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, em São Paulo. A categoria está parada desde 28 de abril.Marrey disse que algumas paralisações realizadas neste ano, como a dos funcionários da Universidade de São Paulo (USP), têm tido foco político. "São greves de período pré-eleitoral. Esta (do Judiciário) parece ter essa motivação". Segundo ele, a greve atinge a minoria dos servidores. "O Judiciário está funcionando no Estado inteiro".Também presente ao evento dos TRE''s, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antonio Carlos Viana Santos, não quis comentar a ocupação do prédio do Fórum João Mendes, na capital paulista, desde ontem, por servidores grevistas. Questionado sobre a ocupação, Viana se irritou e disse que não falaria sobre o assunto. "Eles (os servidores) não querem nada. Fale sobre isso com o secretário Marrey. Ele que é o homem político", disse. Marrey saiu pela tangente. "O prédio é do TJ. Cabe a ele lidar com a situação".As negociações entre servidores e o Tribunal de Justiça estão emperradas. Ontem, após o Órgão Especial do TJ decidir descontar alguns dias do salário dos funcionários parados, cerca de 50 servidores resolveram passar a noite acampados dentro do Fórum João Mendes. Outros 150 fizeram vigília do lado de fora do prédio. Segundo a categoria, haverá uma reunião hoje à tarde entre seus representantes, o presidente do TJ e o governador do Estado, Alberto Goldman.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.