Marqueteiro não acredita em transferência de voto

PUBLICIDADE

Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

O estrategista que comandou a vitoriosa campanha à presidência dos Estados Unidos do democrata Barack Obama, Jason Ralston, disse hoje na capital paulista que não acredita em transferência de voto. "A popularidade de um líder não é transferível para um candidato", afirmou ao ser questionado sobre o cenário brasileiro para as eleições de 2010. Mesmo com índice recorde de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se esforçado para pôr em evidência a sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Rousseff.Ralston fez um paralelo entre o apoio de Lula a Dilma e o do ex-presidente norte-americano Bill Clinton a Obama. Para o estrategista, o eventual apoio de Clinton desde as primárias democratas não levaria automaticamente Obama a vencer as eleições. O ex-presidente dos Estados Unidos defendeu a candidatura de sua mulher, Hillary Clinton, e acabou dando suporte apenas protocolar a Obama. "Se Clinton tivesse apoiado Obama desde o início, poderia ajudar, mas isso sozinho não levaria à vitória. É sempre preferível ter o apoio de um líder popular a não tê-lo. Mas isso não basta. Não pensem que esse tipo de suporte é um elemento decisivo em uma campanha", ressaltou.Ralston deu ainda um conselho aos futuros candidatos de oposição ao governo federal nas próximas eleições brasileiras. Para o especialista, a oposição terá de mostrar claramente suas diferenças em relação ao governo atual. "Eles precisam dizer aos eleitores para onde pretendem levar o Brasil", disse, em entrevista após palestrar em seminário "O Efeito Obama", promovido pela universidade americana George Washington, na capital paulista.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.