Com o argumento de que existe "visão preconceituosa" contra as lideranças trabalhistas, o ex-ministro da Previdência, Luiz Marinho, defendeu nesta quarta-feira, 4,o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), que corre risco de ser cassado pela Câmara, acusado de participar de um esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Candidato do PT à Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Marinho disse que ele próprio foi vítima de preconceito. Citou ainda na lista o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, que também comandou a CUT. Veja também: Conselho de Ética abre processo disciplinar contra Paulinho Processo 'é ótimo' para eu me defender, diz Paulinho Entenda o esquema de desvio de verbas do banco estatal Grupo aliado aconselha Paulinho da Força a renunciar "Há uma visão preconceituosa contra lideranças trabalhistas que chegam a assumir postos importantes", afirmou o ex-ministro. Apesar da declaração, Marinho disse não querer "misturar as coisas". "Há uma investigação em curso sobre desvio de recursos no BNDES. As denúncias têm de ser apuradas e os culpados devem pagar pelos erros cometidos", insistiu. Marinho fez questão de destacar que não vê possibilidade de envolvimento de funcionários do BNDES nas irregularidades. Paulinho é presidente da Força Sindical e do PDT de São Paulo, mas já admitiu se afastar do comando do partido para se defender.