
10 de dezembro de 2008 | 18h16
A Marinha intensificou os exercícios de combate nas regiões da costa brasileira em que foram descobertas grandes reservas de petróleo nas camadas de pré-sal. No trecho que vai do litoral do Espírito Santo ao litoral norte de São Paulo, onde se concentram as novas reservas de óleo e gás, estão sendo realizados treinamentos simulados de ataque a alvos de superfície, aéreos e submarinos, bem como a abordagem e inspeção de embarcações suspeitas. "É uma riqueza a ser protegida", justificou o capitão-de-fragata Cláudio José D’Alberto Senna, que participa do comando dos exercícios. LEIA REPORTAGEM NA EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 11, DE 'O ESTADO DE S. PAULO' Veja também: Galeria de fotos dos exercícios da Marinha As ações coincidem com o ressurgimento da pirataria naval, como os recentes seqüestros de petroleiros na costa oriental da África. "Com a maior atividade petrolífera e de mineração nas nossas águas territoriais, o potencial de risco para a chamada guerra assimétrica também aumenta", explica. Senna chama de guerra assimétrica as ações de guerrilheiros e grupos do crime organizado contra alvos potenciais, como as plataformas de petróleo da Bacia de Campos. O comandante considera o Atlântico sul uma região sem conflitos, mas disse que o risco potencial deve ser considerado. "O fato de ainda ser um mar seguro, não exime a Marinha de estar preparada."
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