Marinha cobra recurso em dia de homenagens

PUBLICIDADE

Por Tania Monteiro
Atualização:

Em mensagem de saudação à Marinha, durante as comemorações dos 143 anos da Batalha Naval do Riachuelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a modernização da Força, mas não acenou com nenhum novo recurso para atender a principal reivindicação da tropa no momento: mais embarcações para patrulhar os rios e a imensa costa brasileira. Lula disse que a defesa é "crucial para o desenvolvimento democrático e soberano" ressalvando que, para isso, é preciso "um poder naval atualizado, preparado, com equipamentos modernos e pessoal treinado e motivado". Em seguida, foi a vez do comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, ressaltar, em sua ordem do dia, a importância do trabalho de levantamento da plataforma continental brasileira que defende a aceitação pelas Nações Unidas como zona econômica exclusiva de 960 mil quilômetros quadrados, além das 200 milhas. A ONU aceitou até agora 760 mil quilômetros. O comandante lembrou os recém descobertos campos petrolíferos na camada pré-sal e sugere que isso reforça a necessidade de reaparelhar a Força, para que a ela disponha de meios adequados "para salvaguardar os interesses nacionais". O almirante defendeu também a construção do submarino de propulsão nuclear, que possui "invejável capacidade de dissuasão". Na cerimônia, realizada no Grupamento de Fuzileiros Navais, em Brasília, cerca de 120 autoridades foram condecoradas, entre elas, os ministros da Comunicação Social, Franklin Martins, de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, e do Banco Central, Henrique Meirelles. Muito gripado e com febre, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, não compareceu à cerimônia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.