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Marina Silva diz que é preciso consolidar diretrizes ambientais

Ministra do Meio Ambiente fez mistério sobre sua permanência no cargo

Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira, em Curitiba, que o desafio que se coloca no próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a consolidação das diretrizes colocadas no setor na primeira gestão: desenvolvimento sustentado, controle e participação social, fortalecimento do sistema nacional do meio ambiente e uma política integrada. Mas ela evitou especulação sobre a permanência à frente da pasta. "Só três pessoas podem responder: Deus, o presidente Lula e eu. E nenhuma delas se manifestou até agora, em nenhum momento conversamos sobre esse assunto", afirmou. Mas manifestou seu agradecimento por ter participado do primeiro mandato. Segundo ela, havia possibilidade de ter disputado o governo do Acre, com chances de vencer como aconteceu com seu colega petista, Binho Marques, que será o novo governador do Estado. "Não aceitei porque queria ficar até o final, porque no período eleitoral as coisas são mais difíceis", disse. Segundo ela, este ano houve uma redução de 30% no desmatamento no País, enquanto no processo eleitoral da reeleição anterior os desmatamentos tiveram aumento de 31%. "Era fundamental manter o punho forte nessa agenda, sobretudo quando se trata de desmatamento", justificou. O tema do desmatamento é um dos preferidos da ministra. Segundo ela, nos últimos dois anos a redução foi de 52%, em razão das políticas públicas implementadas. "Há alguns setores que tentam dizer que é apenas em razão dos preços das commodities, mas estamos fazendo levantamento para mostrar que, se não tivesse tido um plano de combate ao desmatamento, 13 ministérios trabalhando, orçamento de R$ 390 milhões até 2007 e trabalho integrado, aposto como não teríamos esse resultado", acentuou. De acordo com Marina Silva, foram inibidas 66 mil propriedades de grilagem, outras 1.500 empresas foram desconstituídas e 400 pessoas presas. "Se nada disso tivesse sido feito só o preço das commodities não teria levado à queda do desmatamento em 52% (nos dois últimos anos)", afirmou. "E estamos trabalhando para que todo o desmatamento ilegal seja debelado".

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