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Marina quer mudar modelo 'predatório' do agronegócio

Por Daiene Cardoso
Atualização:

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu hoje a mudança de modelo "predatório" de agronegócio desenvolvido no Brasil. Para a candidata, é preciso acabar com a propaganda negativa que o setor gera no exterior. "Nosso programa é a solução para o agronegócio no Brasil", disse a candidata em encontro com executivos do mercado financeiro em São Paulo, ao ressaltar a importância da aliança entre desenvolvimento e sustentabilidade.Durante a reunião promovida nesta manhã pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Marina criticou o foco do agronegócio na expansão da área agrícola e não no aumento de produtividade. A candidata disse que defende o agronegócio, desde que tenha uma "orientação estratégica". A presidenciável destacou ainda a importância de ampliar o crédito ao setor, com respeito a critérios rigorosos de legislação ambiental.Perguntada por um dos presentes sobre suas propostas para incentivar o empreendedorismo e a concessão de microcrédito, Marina disse que precisava preservar a voz e passou a "bola" para o vice de sua chapa, o empresário Guilherme Leal. Segundo ele, o programa do PV tem o empreendedorismo como um de seus "elementos fundamentais, (assim) como a educação" e o microcrédito é uma das saídas para os atuais beneficiários dos programas sociais do governo federal. "(O microcrédito e o empreendedorismo) fazem parte dessa terceira geração de programas sociais", disse.Ao completar a explicação de seu vice, Marina disse que é preciso fomentar a cultura do empreendedorismo no Brasil. "Temos que ter uma educação para o empreendedorismo neste País, acabar com a cultura do Estado provedor e ir para o Estado mobilizador", afirmou."Foi uma exposição inspiradora", resumiu o presidente da CNF e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, ao comentar o discurso de Marina. Além da candidata do PV, foram convidados a apresentar suas propostas os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) - ainda sem definição de data.

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