Marina diz que PSDB é 'cúmplice' da 'fraude e impunidade'

Ex-ministra que apoiou Aécio Neves na eleição de 2014 critica posição de tucanos pela manutenção de apoio ao governo Temer

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Por Caio Rinaldi
Atualização:

A ex-senadora Marina Silva (Rede-AC) publicou, nesta noite de terça-feira, 13, no Twitter, críticas à decisão tomada na segunda-feira, 12, à noite pelo PSDB de permanecer na base do governo de Michel Temer, o qual Marina chamou de "desacreditado". Ela considerou a decisão uma "trágica repetição às avessas" da postura adotada pelo PMDB quando o impeachment de Dilma Rousseff começava a ganhar corpo, no ano passado. "O PMDB, em aliança com o PT, levou o País a uma de suas piores crises. Há ano e diante da expectativa de assumir o poder, em 3 minutos o PMDB 'rompeu' a aliança que mantinha há 13 anos com o PT. Ontem, em uma trágica repetição às avessas e na ânsia de se manter no poder, foi a vez do PSDB", comentou a ex-senadora. Em referência à justificativa apresentada pela cúpula do PSDB, de que continuará no governo até que surjam novos fatos, Marina avaliou que a posição foi tomada "enquanto o País está há muito tempo atônito". "Não bastou a revelação dos graves crimes, inegavelmente cometidos, tendo sido argumentada pelo seu próprio advogado no TSE", lembrou Marina em uma das postagens em referência ao julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral a partir de ação proposta pelo PSDB. "O presidente do PSDB disse que permanecer no governo é mera circunstância, sem renúncia das convicções de que houve corrupção", emendou, antes de apontar supostas contradições na decisão do partido. "Parafraseando o presidente do PSDB (Tasso Jereissati), uma vergonhosa incoerência que se colocará diante da História. Ao PSDB nenhuma autocrítica, apenas a cumplicidade com a fraude e a impunidade, guiadas pelo relativismo ético e vitimização histórica", concluiu. 

Em 2014, Marina apoiou o então candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno das eleições presidenciais.