Marina defende restrição de compra de terras por estrangeiros

Candidata disse que a medida anunciada pelo governo atende aos interesses de soberania nacional

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Por Daiene Cardoso e da Agência Estado
Atualização:

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu nesta quarta-feira, 25, a restrição de compra de terras no País por empresas estrangeiras. Em entrevista à Rádio Gaúcha, a candidata disse que a medida, anunciada pelo governo, atende aos interesses de soberania do Brasil. "Não podemos comprometer nossos interesses e nossa soberania", justificou.

 

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Na última segunda-feira, a Advocacia Geral da União (AGU) publicou parecer, no Diário Oficial da União, em que restabelece as restrições na compra de terras por empresas controladas por estrangeiros. A AGU pretende enviar um projeto de lei ao Congresso que restringiria também a compra de terras por estrangeiros pessoa física residentes no País.

 

Marina disse que a restrição na compra de terras por estrangeiros é uma prática adotada por vários países e que não teme a redução de investimentos no País. A candidata afirmou que é comum as empresas se instalarem no Brasil, não investir aqui, não gerar o volume de empregos prometidos e enviar os lucros para seus países de origem. "Nosso litoral está sendo privatizado por redes de hotéis", acusou a candidata, ao se referir ao grande número de hotéis estrangeiros que se instalaram no litoral nordestino nos últimos anos.

 

Durante 10 minutos de entrevista, a candidata se disse contrária ao retorno da cobrança da CPMF para ampliar os recursos disponíveis do governo para a área de saúde. "Não dá para ficar falando em criação de mais tributos", afirmou. Marina se disse favorável à regulamentação da Emenda 29 para ampliar os recursos da União e dos Estados para o setor.

 

A candidata está no Rio Grande do Sul, onde terá agenda de campanha na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) em Porto Alegre e, à tarde, inaugura um comitê domiciliar na cidade de Canoas.

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Atualizado às 10h39 para correção no segundo parágrafo

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