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Marina declara campanha de R$ 62 mi e sem dívida

Despesas ficaram dentro do valor informado em prestação de contas ao TSE; balanço não inclui jato usado por Campos

Por Mateus Coutinho e JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Atualização:
A ex-candidata à Presidência, derrotada, Marina Silva Foto: Nacho Doce

Terceira colocada na disputa presidencial, Marina Silva (PSB) declarou à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 61,7 milhões e disse ter gasto o mesmo montante em sua campanha. A prestação de contas enviada ontem ao Tribunal Superior Eleitoral - prazo limite para candidatos que não disputaram o 2.º turno - não inclui as despesas com o jatinho que se acidentou em Santos, tirando a vida do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e dos outros seis ocupantes do avião.

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Após o acidente, o PSB informou que os valores pelo uso da aeronave seriam lançados na prestação final de contas do partido, cujo prazo para apresentação dos valores também se encerrou ontem, mas isso não ocorreu. A aeronave está financiada em um leasing com a Cessna Finance, e quem detém os direitos de uso é a empresa AF Andrade. O PSB pode apresentar uma retificação das contas. O partido já havia eximido a campanha de Marina da obrigação de explicar os gastos com o jato, cuja compra é investigada sob sigilo pela Polícia Federal.

A conta aberta pelo comitê de Campos em julho, início oficial da campanha, é a terceira maior fonte de recursos declarada por Marina, com R$ 2,57 milhões repassados. O maior doador da terceira colocada da disputa presidencial é o grupo JBS, do setor alimentício, com R$ 6 milhões. Em seguida, vem o grupo Gerdau, com R$ 4 milhões.

O levantamento preliminar do Estadão Dados considera os repasses para a candidata Marina, para o comitê de campanha e para a direção nacional do PSB. Os candidatos que disputaram o 2.º turno nos Estados, além de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), têm até o dia 25 para prestar contas ao TSE.

Em São Paulo, o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB) declarou receitas de R$ 47,2 milhões. O balanço não apresenta déficit, isto é, gastou-se menos do que se arrecadou. O maior doador do tucano, como o de Marina, também foi o JBS, com R$ 3 milhões, apenas R$ 100 mil a mais que a empreiteira Serveng Civilsan.

/ COLABOROU PEDRO VENCESLAU

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