
26 de agosto de 2013 | 12h17
Ao total, a Rede coletou 850 mil fichas de apoio, mas descartou 200 mil assinaturas e ainda assim, teve 96.356 assinaturas invalidadas pela Justiça Eleitoral dos Estados, sendo que em relação a 73 mil não foi apresentado motivo para rejeição. Entre as fichas de apoio rejeitadas estava a do senador Pedro Taques (PDT-MT), que teve sua assinatura invalidada. "Nós compreendemos até o problema da falta de estrutura, mas não concordamos que tenhamos de pagar o preço, depois desse trabalho que tivemos no País inteiro", disse Marina.
Segundo a ex-senadora, apesar da lei exigir registro do novo partido em nove Estados, a Rede já teria número suficiente em 24 unidades da Federação. Até agora, no entanto, somente o Rio Grande do Sul conseguiu formalizar a criação de um diretório estadual. Marina disse acreditar no trabalho da Justiça Eleitoral, que tem o prazo de aproximadamente um mês para conceder o registro à Rede e assim permitir que o partido dispute as eleições de 2014. "Nós confiamos na Justiça", afirmou a ex-senadora.
Marina agradeceu ao apoio de 12 mil pessoas que se mobilizaram na coleta de assinaturas e fez referência ao senador Pedro Simon, por ajudá-la no debate contra o projeto que tenta restringir a criação de novos partidos. Ela disse ter dúvidas de que o Senado coloque a proposta em votação "só para prejudicar uma força política que tem o direito de se viabilizar". Perguntada sobre a pesquisa de intenção de voto para a corrida presidencial, Marina disse que os levantamentos são apenas "um retrato do momento". "Não devemos tomar isso como definitivo", observou.
Ao final da entrega dos malotes contendo certidões, protocolos e processos encaminhados aos Tribunais Regionais Eleitorais, Marina disse que a Rede está sendo formada de uma forma distinta de outras siglas, que normalmente são criadas a partir de fusões. "Nós fomos pelo caminho mais difícil, mas que é o mais gratificante, que é conversar com cada pessoa", finalizou.
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