
07 de julho de 2011 | 18h46
Para anunciar sua desfiliação do PV, Marina convocou uma plenária com simpatizantes e apoiadores de sua campanha à Presidência e com aliados que deixam a legenda para criar um movimento suprapartidário em prol do verde e da cidadania. Durante o evento, o ex-presidente do diretório estadual do PV em São Paulo Maurício Brusadin afirmou que os partidos vivem hoje a decadência e não atendem mais às demandas da sociedade. "E o PV não é diferente disso", comparou. "Reconhecemos que o PV, assim como a maioria dos partidos, se divorciaram de vez da sociedade", completou o ex-candidato ao Senado por São Paulo Ricardo Young.
Brusadin colocou a sua antiga legenda no mesmo status do PR e criticou o partido do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento por reclamar de sua demissão da pasta. "Eles não têm vergonha de dizer isso", criticou. O PR também foi alvo de críticas de Young. "Não podemos mais transigir com isso."
Em seu discurso, Marina citou o escândalo envolvendo o PR como exemplo de algo que não pode mais ser tolerado na sociedade. "Não podemos negar a tristeza com a política", lamentou a ex-senadora. "Os partidos continuam sendo importantes, mas não podemos fechar os olhos para seus desvios."
A ex-senadora destacou que pretende ajudar Dilma nas discussões no Congresso sobre o novo Código Florestal. Ela lembrou que a presidente assumiu compromisso na campanha de não aprovar nenhum texto que favoreça o desmatamento e, ao ser questionada se estaria otimista em relação ao veto do projeto, Marina desconversou. "Não estou nem otimista nem pessimista. Estou persistente."
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