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Marcos Valério volta ao banco dos réus no caso do mensalão mineiro

Ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e outras oito pessoas também vão a audiência em Belo Horizonte

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Por Redação
Atualização:

BELO HORIZONTE - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia e outras oito pessoas voltam ao banco dos réus nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, para responder processo pelo esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro. O grupo é apontado como responsável pelo desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para financiar a campanha à reeleição do então governador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB).

 

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O tucano também é acusado, porém a ação contra ele tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O mesmo deve ocorrer com o senador Clésio Andrade (PR-MG), que era réu no processo que tramita na Justiça mineira, mas conseguiu foro privilegiado ao assumir a vaga no Senado após a morte de Eliseu Rezende (DEM-MG), no início do ano.

 

Na audiência desta quinta vão ser ouvidas testemunhas arroladas pelo Ministério Público. O procedimento havia sido marcado originalmente para o fim de janeiro. No entanto, advogados de defesa de parte dos réus solicitaram o adiamento, sob alegação de que eles não haviam sido intimados, pedido acatado pela juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette.

 

As mesmas testemunhas de acusação prestaram depoimento na semana passada na Justiça Federal em Minas, por determinação do STF, na ação que pesa sobre Azeredo. No grupo indicado pelo então procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, e pelo Ministério Público Estadual (MPE) mineiro há políticos, ex-funcionários de estatais e profissionais que prestaram serviços durante a campanha de Azeredo à reeleição ao governo de Minas, em 1998.

 

Uma dessas testemunhas, o ex-presidente da Companhia de Saneamento (Copasa), Ruy José Vianna Lage, confirmou ao Estado que recebeu ordem para repassar R$ 1,5 milhão da estatal para a agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério. Segundo a denúncia, os acusados desviaram recursos da Copasa e de outras estatais por meio de patrocínios de eventos esportivos. Os réus negam as acusações.

 

Além de Marcos Valério e Walfrido, são processados também o ex-tesoureiro da campanha de Azeredo e ex-secretário Estadual de Administração, Cláudio Mourão; o ex-secretário de Comunicação do governo Azeredo, Eduardo Guedes; os ex-sócios de Valério nas agências DNA e SMPB, Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano de Melo Paz; o ex-diretor da Copasa Fernando Moreira Soares; os ex-diretores da Companhia Mineradora (Comig) - atual Codemig - Lauro Wilson de Lima Filho e Renato Caporali Cordeiro; e o ex-presidente do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) José Afonso Bicalho.

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