PUBLICIDADE

Marco Aurélio defende ajuste no teto salarial do Judiciário

Ele afirma que a medida não beneficia ministros, mas grande parte dos servidores

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, saiu em defesa da atualização do teto dos magistrados afirmando que a medida não beneficia ministros, mas grande parte dos servidores do Judiciário. "Ministros do Supremo já fizeram voto de pobreza", afirmou. Para justificar a tese, citou sua trajetória como exemplo: "Eu poderia estar aposentado aos 49 anos, ganhando a mesma coisa que ganho. Se tivesse saído, cofres públicos teriam de pagar dois salários, o meu e do meu sucessor." A proposta de reajuste de teto no Judiciário despertou grande polêmica, engrossada nos últimos dias com críticas feitas em público por ministros da Justiça e Fazenda, Márcio Thomaz Bastos e Guido Mantega. "É uma simples atualização, uma reposição do poder aquisitivo da moeda", reagiu Marco Aurélio. "A polêmica é uma injustiça, sobretudo com a ministra Ellen Gracie", arrematou. Ele argumentou que ministros do STF decidem sobre assuntos de alta relevância para o País. Afirmou, ainda, haver excesso de trabalho. "Em 28 anos de trabalho, nunca vi sobrecarga assim. A carreira mudou." Atualmente, o teto salarial é de R$ 24,5 mil. O projeto propõe um reajuste para R$ 25,7 mil. Se aprovado, serão concedidos reajustes em cascata para todo o Judiciário. Porém, devido à repercussão negativa, o projeto foi tirado da pauta de votação desta semana.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.