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Marcelo Castro diz que Senado pode pedir agenda de Bolsonaro com pastores

Em entrevista à Rádio Eldorado, o senador também reforçou a intenção de assinar requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o caso

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Por Haisem Abaki
Atualização:

O presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI) disse hoje que a Mesa Diretora da Casa pode pedir informações sobre as visitas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto. Os dois lobistas estão no centro das denúncias de corrupção envolvendo o Ministério da Educação. O governo se recusou a divulgar as agendas, alegando questões de segurança da Presidência da República.

O pedido havia sido feito pelo jornal O Globo, com base na Lei de Acesso à Informação. Em entrevista à Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro alegou que cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal e cogitou a possibilidade de encaminhar o mesmo pedido à direção do Senado.

Presidente da Comissão de Educação do Senado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse que a Casa pode pedir esclarecimentos sobre as denúncias envolvendo o MEC. Foto: André Dusek/Estadão

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Ele também confirmou a intenção de assinar o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o MEC. Antes, no entanto, Castro pretende concluir os depoimentos no âmbito da Comissão de Educação, que não tem o mesmo poder de investigação de uma CPI. Um dos convidados a falar é o ministro interino da Educação, Victor Godoy.

Como revelou o Estadão, os dois pastores interferiam na agenda do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e facilitavam o encontro do titular com prefeitos. Em troca, exigiam propina em dinheiro e até em ouro. Ribeiro, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, priorizava as demandas encaminhadas pela dupla à Pasta. 

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