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Mantega: sem CPMF, governo pode elevar impostos

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Por Fabio Graner
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a dizer hoje que sem a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo provavelmente teria de elevar outros impostos, como IOF ou Imposto de Exportação, que não exigem aprovação do Congresso Nacional. Além disso, destacou, investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e na área social seriam cortados, para garantir o equilíbrio nas contas públicas. Mantega explicou que, por exemplo, se a CPMF for aprovada apenas na metade do ano que vem, a perda seria da ordem de R$ 20 bilhões, montante que precisaria ser compensado. Questionado sobre uma afirmação atribuída ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, descartando eventuais aumentos de impostos para compensar a CPMF, Mantega disse que não está "batendo cabeça" com seu colega, porque quem faz os estudos tributários é o ministério da Fazenda e não o do Planejamento. O ministro da Fazenda reafirmou a interpretação da área jurídica do ministério de que se a CPMF for aprovada até 31 de dezembro, não será necessário cumprir a chamada noventena. Ele admitiu que o Senado ficou com pouco tempo para examinar a proposta de prorrogação do tributo, mas afirmou acreditar na "sensibilidade dos senadores" e no "espírito público" dos parlamentares, que entenderiam a necessidade de se aprovar em tempo hábil a prorrogação da CPMF.

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