Mantega nos ajudará até o fim do governo, diz Dilma

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Por Carla Araujo
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A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff voltou a explicar a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, caso ela seja reeleita e disse que tem "muito apreço" por ele. "O Mantega me comunicou que não ia continuar se por ventura eu fosse eleita, como achei que isso ia vazar, fiz aquela resposta: governo novo equipe nova", disse, durante sabatina promovida pela Rede TV e pelo portal IG. "Tenho grande apreço pelo Mantega e ele nos ajudará até o último dia do governo", completou.Questionada sobre mudanças em sua política econômica em um eventual segundo mandato, Dilma afirmou que o pode alterar a condução do governo na economia "é uma mudança da realidade", disse, citando novamente que o país ainda sofre com os impactos da crise mundial de 2008. Ela afirmou, no entanto, que "todo mundo tem que aprender, melhorar e evoluir".Dilma citou ainda a manutenção do emprego no Brasil e disse que Europa e Estados Unidos estão em um caminho de recuperação que deve ajudar os emergentes. "Espero e tenho certeza que o mundo melhore a sua situação econômica nos próximos meses e anos e isso porque já faz praticamente seis anos da crise", completou. "Mandona"Dilma disse ver um pouco de "machismo" e discriminação na sua fama de ser autoritária e centralizadora. "Nessa história de autoritária e de mandona, eu já cheguei a conclusão que eu sou a única pessoa autoritária cercada de homens meigos. Acho que em um viés um pouco machista. É mais do que machista é discriminatório", disse, ressaltando que tem certas características que no homem são consideradas normais e nas mulheres não. "Eu tinha que ser doce, aceitando bastante o que me dissessem, seguindo muito opiniões. E eu tenho a minha opinião", afirmou. Ela ponderou que só muda de opinião quando a realidade muda. "É a única coisa que eu pelo a Deus: que eu seja capaz que diante de uma realidade nova ser uma pessoa nova", afirmou, para logo voltar a alfinetar Marina Silva por suas alterações no programa de governo. "Agora. Não se é presidente da República se curvando a pressões. Podem me fazer um tuíte de manhã que eu não vou mudar à tarde", disse. Marina supostamente teria alterado o seu programa de governo para a comunidade LGBTs após críticas de evangélicos e mensagens pela rede social de um pastor.

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