Mantega e Renan saem em defesa de Palocci

Os presidentes do BNDS e do Senado afirmaram que Palocci deve permanecer no cargo e não vêem necessidade de um novo depoimento do ministro à CPI

Por Agencia Estado
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O presidente do BNDES, Guido Mantega, defendeu o ministro Palocci, afirmando que ele deve permanecer no cargo. "Defendo a permanência do ministro Palocci, porque ele deu uma grande contribuição para este quadro altamente positivo, que mudou a economia brasileira da água para o vinho", afirmou. Para Mantega, Palocci é alvo de "especulações que não estão bem fundamentadas e são episódios do processo político". Ele defendeu que haja uma investigação profunda sobre todas as denúncias e criticou a "ligeireza com que as CPIs têm divulgado informações, muitas vezes não totalmente apuradas". Renan O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também saiu em defesa do ministro da Fazenda e disse que não vê necessidade que Palocci preste um novo depoimento à CPI dos Bingos, como defendem alguns senadores da oposição. "O ministro Palocci já prestou muito serviço ao Brasil, como a estabilidade econômica, e tem um grande serviço a prestar ainda", afirmou Renan. "Acho que, por enquanto, não há nenhuma necessidade de comparecer à CPI". Renan lembrou que Palocci sempre se colocou à disposição para, se fosse o caso, prestar depoimento, mas opinou que, neste momento, isso não é necessário. Quebra de sigilo O presidente do Senado destacou ainda que acha longo o prazo de 15 dias estabelecido pela Caixa Econômica Federal para concluir o inquérito sobre a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Souza, correntista da CEF. "Não há ninguém nem abaixo nem acima da lei", afirmou Renan. "A invasão de privacidade é algo repugnante. Por isso é que somos tentados a achar que 15 dias são um prazo longo. Claro que, se isso fosse resolvido em dois dias seria melhor. Mas nós temos que investigar, esclarecer, responsabilizar e punir exemplarmente. Ninguém, no Brasil, do caseiro ao presidente da República, pode ter sua vida devassada à revelia do Estado e da própria Justiça".

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