Mansur quer derrubar ato que flexibiliza pagamento de horas extras na Câmara

Para o deputado, ato de Waldir Maranhão (PP-MA) foi unilateral e não foi submetido à consulta dos demais membros da Mesa; há duas semanas, a Casa havia restringido o número de funcionários que poderiam trabalhar durante sessões noturnas

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Por Daiene Cardoso
Atualização:
Beto Mansur (PRB-SP) Foto: Dida Sampaio|Estadão

BRASÍLIA - O primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), fará um novo apelo ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), para a revogação do ato que flexibilizou as regras para pagamento de horas extras aos servidores da Casa. Caso Maranhão mantenha a posição, a ideia é convocar uma reunião da Mesa Diretora para que os membros revoguem a liberação concedida por Maranhão a pedido de alguns deputados.

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A Câmara havia restringido o número de funcionários que poderiam trabalhar durante as sessões noturnas e, assim, receber horas extras. Antes das restrições, a Casa gastava R$ 1,2 milhão por sessão com o pagamento de horas extras. Após o arrocho, o gasto por sessão caiu para R$ 517 mil. Pelo ato de Maranhão, assinado há duas semanas, cada gabinete e cada liderança partidária pode dizer quantos funcionários quer trabalhando à noite. "Não dá para a gente voltar para trás num negócio que deu certo", argumenta Mansur.

O primeiro-secretário reclama que o ato de Maranhão foi unilateral e não foi submetido à consulta dos demais membros da Mesa. Mansur pretende entregar uma carta ao pepista e, caso ele não se convença de voltar atrás de mais uma medida, os demais membros da Mesa pretendem derrubar a determinação nos próximos dias. "Nossa ideia é que ele revogue", afirmou.

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