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Manifestantes serão indiciados por depredação de prédio em MG

Um inquérito foi aberto para apurar os atos de violência registrados na sede da Cemig, durante protesto contra a reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Civil de Minas Gerais irá indiciar cinco manifestantes suspeitos de participar da depredação no hall de entrada do edifício-sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em Belo Horizonte. "Vou indiciá-los por dano contra o patrimônio público, lesão corporal, desacato e resistência à autoridade", afirmou, nesta terça-feira, o delegado Elifaz Mulford Martins, da 3ª Área Integrada de Segurança Pública do Estado. Um inquérito foi aberto para apurar os atos de violência registrados na sede da estatal mineira durante protesto contra a reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O protesto foi liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Os cinco militantes presos foram liberados no final da noite de ontem, após o pagamento das fianças. Deputados petistas mineiros custearam a liberdade dos detidos - R$ 150 por preso. Entre eles, haviam líderes do MST, como Ênio Bohnenberger, um dos coordenadores regionais. Os militantes afirmam que, depois de presos, foram vítimas de violência por parte da polícia e prometeram fazer exames de corpo delito e apresentar uma denúncia na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas. Um menor de 15 anos foi preso durante a confusão e encaminhado para o Juizado da Infância e do Adolescente. Outras três pessoas que foram presas no confronto com a Polícia Militar na Praça Sete - entre elas um dos líderes da Liga Operária, Gerson Antônio Lima -, também foram liberadas no final da noite de ontem. O delegado Marcus Vinícius Soares, do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil, disse que foi feito um termo circunstanciado de ocorrência (TCO). Eles foram liberados sem a necessidade de pagamento de fianças e se comprometeram de ficar à disposição da Justiça. Os manifestantes foram ouvidos e autuados por lesão corporal, desacato, resistência e incitação ao crime. A abertura de um inquérito, no entanto, depende da apresentação dos laudos do IML por dois policiais militares que saíram feridos. A praça da Assembléia Legislativa, na região centro-sul da capital, onde cerca de mil integrantes de diversos movimentos sociais estão acampados, amanheceu cercada pela Polícia Militar, que deslocou um grande e ostensivo efetivo para a região. Uma manifestação contra a prisão dos militantes programada para a manhã desta terça-feira não ocorreu. O quarteirão onde está a sede da Cemig foi isolado e cercado por soldados da PM. Tapumes foram colocados nas entradas.

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