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Manifestantes no Uruguai chamam Bush de ´imperialista´

Protesto também teve como alvo o presidente do país, chamado de ´entreguista´

Por Agencia Estado
Atualização:

Milhares de uruguaios se manifestaram nesta sexta-feira, 9, pelas ruas de Montevidéu contra a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a quem consideram um "imperialista" e reprovaram seu presidente, Tabaré Vázquez, por assumir uma atitude "entreguista". "Bush fascista, você é o terrorista; Vázquez imbecil, você é o alcoviteiro", foi o lema mais cantado durante a marcha, que durou quase três horas. Para mostrar esse "abraço maligno", junto aos manifestantes marchavam dois grandes bonecos: um com a cara de Bush vestido de namorado e outro de Vázquez caricaturado como uma namorada pronta para se casar, que foram queimados no final do protesto. O cartaz empunhado à frente da manifestação dizia "Fora Bush genocida e rapineiro. Não ao governo entreguista". Muitos dos coros entoados e cartazes protestavam contra a assinatura do Tratado Marco de Comércio e Investimentos (TIFA, sigla em inglês) que os países assinaram em janeiro. A manifestação foi convocada pela Coordenadora Antiimperialista, formada por associações de aposentados e estudantes, o sindicato de taxistas, organizações sociais e grupos radicais uruguaios. Também foram vistas manifestações de apoio à revolução cubana e ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a quem mais de um cartaz pedia "perdão" por permitir a visita de Bush ao Uruguai. Um membro do movimento radical uruguaio Foguistas, identificado só como Bruno, disse que estavam protestando contra a presença no Uruguai "do presidente do Estado imperialista que condena o povo da América Latina a condições de miséria". A marcha terminou na Praça Liberdade, próxima ao edifício onde se encontra o Ministério de Relações Exteriores, em cujas paredes foram pintadas frases contra o ministro Reinaldo Gargano. No local, os manifestantes deixaram um grande caixão marrom com uma cruz de cor prata em cima, para simbolizar "a morte da soberania nacional".

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