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Manifestantes 'enforcam' e 'queimam' 12 políticos na Esplanada dos Ministérios

Alvos foram figuras públicas envolvidos em escândalos de corrupção como o mensalão

Por Eugênia Lopes
Atualização:

BRASÍLIA - Manifestantes do Movimento Brasil Contra a Corrupção (MBCC) enforcaram e queimaram, simbolicamente, nesta segunda-feira, 1, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso, bonecos com a imagem de 12 políticos envolvidos em denúncias de irregularidades. Integrantes do movimento disseram que os bonecos representam a "santa-ceia do Crime" e os "12 apóstolos do mal"."Queimamos os 12 judas da política no dia de mentira. Aproveitamos essa proximidade com a Semana Santa para fazer essa manifestação", explicou Adriano Portela, que participou do protesto. Os bonecos simularam 12 políticos envolvidos em denúncias de corrupção. O movimento escolheu políticos do PT condenados no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do PSDB, PP, PMDB e ex-integrantes do DEM que saíram da legenda depois de serem acusados de irregularidades.Fotos coloridas foram coladas nos rostos dos 12 bonecos representando o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP); o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT); o ex-prefeito de São Paulo e deputado Paulo Maluf (PP-SP); o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM); o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM); o senador Jader Barbalho (PMDB-PA); o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB); o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o deputado José Genoino (PT-SP) e o ex-ministro José Dirceu (PT).Ao final do protesto, os manifestantes deixaram os bonecos queimados no gramado em frente ao Congresso para simbolizar "os restos mortais dos apóstolos". Segundo Portela, a lista de políticos que seriam "enforcados" e "queimados" na Esplanada era maior. "A ideia era fazer um ato com 40 bonecos, representando o Ali Babá e os 40 ladrões. Mas a Polícia Militar não deixou a gente montar uma estrutura para isso", lamentou Portela.

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