Mancha de óleo chega à praia do Flamengo e Niterói

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Por Agencia Estado
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A mancha do óleo na Baía de Guanabara chegou às pedras da praia do Flamengo no Rio e da praia das Flechas, em Niterói, na tarde de hoje, informou a presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), Isaura Fraga. De acordo com ela, só às 14h30 de hoje a Refinaria de Manguinhos, na zona Norte do Rio, conseguiu conter o vazamento totalmente. A quantidade de óleo derramado na baía desde sexta-feira é estimada entre 80 mil e 100 mil litros. O óleo vazou após uma falha na operação de bombeio de petróleo de um navio para a Refinaria de Manguinhos. A direção da refinaria informava na manhã de hoje que o vazamento já estaria contido e que ele teria sido de cerca de 40 mil litros. "Isso (a chegada da mancha à praia do Flamengo e a Niterói) não vai acontecer porque o vazamento está contido", chegou a dizer o diretor-comercial de Manguinhos, Luis Henrique Sanches, pela manhã, antes portanto de a Feema confirmar que a mancha tinha alcançado às praias do Flamengo e das Flechas, à tarde. "É difícil avaliar, neste momento, a quantidade de óleo que vazou. Mas é um vazamento pequeno, cerca de três caminhões de gasolina, nada muito sério", minimizou Sanches. A refinaria, controlada pela empresa hispano-argentina Repsol-YPF e pelo grupo Peixoto de Castro, será multada pela Feema em um valor a ser anunciado segunda-feira e que deve ficar em torno de R$ 1 milhão, segundo estimativa de Isaura Fraga. Mas a cifra depende do volume vazado, da área total atingida e dos danos causados ao meio ambiente, entre outros itens. Isaura determinou que a operação de limpeza fosse reforçada. Hoje, 150 homens, em 20 barcas e com 2.500 metros de barreiras de isolamento, trabalharam sem sucesso, tentando evitar que o petróleo chegasse às praias de Flamengo e de Niterói. O petróleo vazou por causa do rompimento da tubulação que liga o cais às instalações de Manguinhos. A direção da refinaria acredita que tenha havido demora no desligamento do bombeio do petróleo. Isso teria possibilitado a entrada de gás e ar no duto, que ficou mais leve e se movimentou, provocando o rompimento de uma das soldas.

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