Maluf quer acabar com taxas do lixo e iluminação pública

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Por Agencia Estado
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O candidato a prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, passou a maior parte do programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na noite de ontem, defendendo-se das acusações sobre superfaturamento de obras públicas e remessa de dinheiro para o exterior. Ele garantiu que a própria candidatura tem o apoio de 90% dos parlamentares do PP e prometeu que, se eleito, acabará com a taxa do lixo e com a taxa da luz para ajudar a combater o que ele chama de "histeria fiscal" do País. Além disso, o candidato criticou o governo federal pelas promessas feitas em campanha de dobrar o salário mínimo. "Se (o governo federal) prometeu que podia dobrar e não podia, é uma irresponsabilidade", acusou. "Se sabia que não podia dobrar e prometeu, então é uma leviandade." "Não desejo federalizar a campanha" Apesar das críticas, ele afirmou que fará uma campanha voltada exclusivamente para as questões locais: "Se se conversar sobre economia federal, eu tenho muita coisa a falar, muita coisa a criticar como o tal superávit primário", ponderou Maluf. "Se eu fosse banqueiro eu só votaria no PSDB ou no PT", alfinetou. "Mas eu não desejo federalizar a campanha. Eu vou trabalhar para resolver os problemas municipais", prometeu. Maluf também voltou a acusar o Ministério Público e a imprensa de parcialidade na questão da investigação das contas no exterior: "Quem julga uma pessoa não é nem a mídia nem um promotor, quem julga é a Justiça", frisou. "Estou há 37 anos na vida pública sem uma condenação penal." ?Tancredo e Sarney conspiraram contra diretas? Diante da insistência dos entrevistadores sobre a questão das contas no exterior, Maluf volta e meia reapresentava a escritura pública que autorizaria o saque de eventuais quantias encontradas em outros países. Acusada de ser favorável ao regime militar e contra as diretas, revelou: "Quando Tancredo e Sarney se convenceram que ganhavam as (eleições) indiretas eles não quiseram as diretas", acusou. "Eu fui contra o candidato do regime militar, que era o Mário Andreazza, um dos melhores ministros que este País teve. Se ele ganhasse a convenção, provavelmente a história do Brasil seria outra."

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