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Maluf ataca Serra e poupa Marta em programa de TV

Por Agencia Estado
Atualização:

Entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, o candidato do PP à prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, parece ter adotado como tática eleitoral bater no favorito até agora nas pesquisas, José Serra, do PSDB, deixando de lado a candidata do PT, Marta Suplicy, que está em terceiro lugar. Em suas últimas declarações à imprensa, o ex-prefeito, que as pesquisas colocam em segundo lugar na preferência do eleitorado, vem deixando claro que considera o tucano como seu principal adversário. Vem daí sua insistência em criticar o ex-ministro da Saúde, a quem acusa de ter sido um dos responsáveis pelas altas taxas de juros que vigoraram no governo de Fernando Henrique Cardoso. Sobre a candidata petista, o ex-prefeito parece ter esquecido as acusações que sofreu na campanha eleitoral de 2000, quando a atual prefeita o acusou de "nefasto". Na entrevista ao Roda Viva, Maluf revelou que a acusação valeu um processo por difamação contra Marta, que ele ganhou e que poderia lhe render 300 mil reais de indenização. Só que, com acordo entre os advogados das duas partes, o processo foi arquivado. Comentando a atuação do governo Lula, o ex-prefeito declarou: "Em primeiro lugar, e quero deixar muito claro, o PT tem gente muito correta. Eu tenho divergido da parte filosófica, ideológica do PT. Mas hoje, se você olhar um pouco, a administração do PT está à direita do Paulo Maluf." E disse ainda: "Quem é que está fazendo acordo com o Fundo Monetário? Quem é que está fazendo superávit fiscal para pagar banqueiro?" Esquivas e promessa Durante grande parte da entrevista, as acusações que pesam contra ele - são 47 processos cíveis e dois criminais, entre eles o de desvio de recursos públicos e de possuir milhões de dólares em bancos no exterior - foram levantadas pelos entrevistadores. Mas, em nenhum momento, Maluf deu o braço a torcer. Maluf declarou que, se eleito, sua primeira providência será enviar à Câmara Municipal projeto de lei pondo fim às taxas de lixo e de iluminação, introduzidas por Marta Suplicy. Disse, ainda, que a dívida da prefeitura (cerca de 27 bilhões de reais) terá que ser renegociada, especialmente a parcela de 5 bilhões que terá que ser paga em maio do próximo ano.

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