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Malan ainda precisa de experiência, diz Alckmin

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a elogiar o ministro Pedro Malan (Fazenda), mas ressaltou que não o considera preparado para ser o candidato do partido à Presidência da República, em 2002. "Acho que é uma honra o partido ter uma filiação da qualidade do Malan e é um direito dele querer disputar. Mas antes da presidência da República há necessidade de passar por outras experiências eleitorais", afirmou. "Acho que na primeira eleição, de repente, você pode ser candidato a prefeito, senador, deputado, governador. Outras experiências que são importantes até chegar ao cargo de chefe de Estado ou chefe de governo", argumentou Alckmin. "Mas isso não é regra, de repente o partido pensa diferente", completou. Ontem, dois presidenciáveis tucanos - o ministro Paulo Renato (Educação) e o deputado federal Aécio Neves (MG), presidente da Câmara - deram declarações de apoio à candidatura Malan, retomando a discussão sobre a possível filiação do ministro ao PSDB. Alckmin, que também frequenta as listas de presidenciáveis do partido, reiterou os elogios ao ministro e disse que não é - ele, Alckmin -, candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Alckmin evitou especificar qual seria a disputa prévia adequada para Malan. "Ele tem qualidades, qualificação para disputar todos os cargos", respondeu. Para ele, são prematuras a discussão e a definição de um nome para sucessão presidencial. "Esse não é o momento de se escolher candidato", afirmou. Alckmin discorda da previsão feita pelo presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, sobre a "inevitável derrota dos tucanos" na eleição presidencial de 2002. Em entrevista ao Jornal do Brasil, edição de hoje, Montenegro aconselha o PSDB a não lançar candidato e ?a se preservar para 2006". "É uma hipótese fora de cogitação. Imagine se um partido do tamanho do PSDB, com o presidente, governadores de Estados importantes, senadores, bancada e prefeitos nao vai ter candidato à Presidência da República." Para Alckmin, avaliações desse tipo, feitas com tanta antecedência, dificultam qualquer previsão. "São declarações precipitadas", disse.

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