Mais verba para educação, só com mais impostos, diz Martus

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, afirmou nesta quinta-feira que somente um aumento na carga de impostos permitiria ao governo aumentar as verbas orçamentárias destinadas ao setor educacional. "Nosso Orçamento reflete o limite que a sociedade aceita pagar", declarou o ministro ao participar de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Desporto, na Câmara dos Deputados, convocada para ele falar sobre os recursos destinados à educação. De acordo com Tavares, nada resta às autoridades além de manejar os recursos da melhor forma possível. No entender do ministro, é a sociedade que, em última instância, vai dizer quanto quer colocar à disposição do governo (em impostos) para que este retribua com prestação de serviços. Na audiência, o ministro afirmou que não existem recursos no Orçamento para conceder o reajuste salarial que está sendo reivindicado por professores e trabalhadores técnico-administrativos das escolas técnicas e universidades federais em greve. Os grevistas argumentam que têm direito a um reajuste de 75,48% para cobertura das perdas dos últimos sete anos. O governo oferece reajuste apenas para o ano de 2002 - e de somente 3,5%. Martus Tavares comprometeu-se, porém, a conversar sobre o assunto com o ministro da Educação, Paulo Renato. Regime único Aos reitores das universidades federais reunidos em Brasília, o ministro Paulo Renato propôs nesta quinta-feira a manutenção dos contratos pelo Regime Jurídico Único, apenas modificando o sistema de Previdência. Assessores do ministro disseram que a proposta dele foi bem aceita pelos reitores e será levada à discussão da comunidade universitária. Com a manutenção dos contratos pelo Regime Jurídico Único, o servidor público, além de contribuir com a parte obrigatória, terá a opção de fazer um plano de Previdência complementar para garantir sua aposentadoria futura.

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