Mais uma vez, votação da reforma política é adiada

Sem acordo entre os partidos, votação está marcada para manhã desta quinta-feira

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Por Rosa Costa
Atualização:

-Sem acordo entre os partidos em torno da reforma política, a sessão desta quarta-feira, 8, do plenário da Câmara dos Deputados foi encerrada  sem que nenhum ítem do projeto tenha sido votado. Nova sessão está marcada para esta quinta-feira.   Durante toda a tarde, líderes partidários se reuniram por diversas vezes, a sessão chegou a ser suspensa para articulações, mas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, anunciou que encerraria a sessão, por ter constatado que seria impossível a votação nesta noite.    O líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ), argumentou que poderia corrigir rapidamente "imperfeições" na proposta apresentada por ele, enquanto os líderes estivessem manifestando suas posições. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos que negociam pelo partido o projeto da reforma, disse que precisaria de tempo para a elaboração de um novo texto.      Pontos polêmicos   Os dois líderes partidários, um doDEM, Onyx Lorenzoni (RS), e outro do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP), disseram que não acreditam em acordo e que a reforma terá que ser definida no voto.   Segundo Lorenzoni, um dos pontos mais polêmicos é a fidelidade partidária. DEM, PSDB e PPS, que perderam deputados para a base governista, querem aguardar a decisão final da Justiça sobre a questão. Mas outras legendas estariam tentando regras mais flexíveis para a fidelidade.   O deputado João Almeida (BA), destacado pelo PSDB para negociar a reforma política, também saiu da reunião dizendo que o partido só aceita votar a fidelidade partidária, e nenhum outro ponto.   Ele informou que PT e DEM continuam defendendo financiamento público de campanha para cargos majoritários, tese da qual o PSDB discorda totalmente.

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