Mais três petistas viram réus do caso mensalão no STF

Após decisão, Ellen Gracie encerra sessão e convoca mais dois dias de julgamento na próxima semana

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Por Redação
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram abrir ação penal pelo crime de lavagem de dinheiro contra o deputado Paulo Rocha (PT-PA), sua ex-assessora Anita Leocádia, os ex-deputados petistas Professor Luizinho e João Magno, o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e seu ex-chefe de gabinete José Luiz Alves. Após a decisão, a presidente do STF, ministra Ellen Gracie, decidiu encerrar a sessão e convocou mas dois dias de sessão do julgamento dos 40 do mensalão: segunda-feira, às 14 horas, e terça-feira, às 10 horas. Veja também: STF livra Dirceu, Delúbio e Genoino da acusação de desvio, mas abre ação contra Gushiken Dos 40 denunciados no mensalão, 19 já são réus Entenda o passo-a-passo do julgamento do mensalão Imagens do 3º dia de julgamento no Supremo Conjur explica diferenças de processo no caso dos mensaleiros  Tudo sobre o julgamento do caso mensalão Paulo Rocha está entre os mensaleiros porque sua assessora Anita Leocádia aparece como sacadora de cerca de R$ 400 mil da conta de empresas de publicidade de Marcos Valério. À época, o deputado assumiu que usou o dinheiro para pagar dívidas do partido no Pará por conta de campanhas eleitorais. O deputado é acusado de lavagem de dinheiro e renunciou ao mandato para se livrar da cassação. Foi reeleito para mais quatro anos de mandato em 2006. O outro petista João Magno é acusado de receber R$ 350 mil (entre 2003 e 2004) da SMP&B, empresa de Marcos Valério. O publicitário em depoimento chegou a afirmar que Magno recebia dinheiro em nome do PT de Minas Gerais, o que o ex-deputado nega. Contra o professor Luizinho, a denúncia aponta o saque de R$ 20 mil do Banco Rural em Brasília, das contas de Valério. Já o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e seu ex-chefe de gabinete José Luiz Alves teriam recebido R$ 1 milhão do esquema do mensalão. Mensalão O esquema do mensalão - pagamento de uma suposta mesada a parlamentares para votarem a favor de projetos do governo - foi denunciado por Roberto Jefferson, então deputado pelo PTB e presidente da legenda, que acabou sendo cassado por conta de seu envolvimento. Segundo Jefferson, os pagamentos mensais chegavam a R$ 30 mil e o esquema de repasse do dinheiro era feito através de movimentações financeiras do empresário Marcos Valério. Dos acusados de envolvimento no esquema, foram cassados José Dirceu, Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE). Quatro parlamentares renunciaram para fugir do processo e 11 foram absolvidos.

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