Maia recebe Bolsonaro, Alcolumbre e Toffoli em almoço

Expectativa é de que no encontro eles tratem da articulação para a reforma da Previdência

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Por Mariana Haubert
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebe neste sábado, 16, o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e 14 ministros do governo em um almoço na residência oficial da Câmara. No cardápio, churrasco.

A expectativa é de que no encontro eles tratem da articulação para a reforma da Previdência. Também participam do churrasco 14 ministros do governo, dentre eles o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O ministro da Economia, Paulo Guedes, porém, não está presente.

O presidente da Republica, Jair Bolsonaro, sendo recepcionado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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No encontro, os chefes dos Poderes também devem tratar da ofensiva contra o Supremo. Nos últimos dias, a Corte foi alvo de novos ataques nas redes sociais e recebeu críticas até de procuradores da Lava Jato. O motivo foi a decisão que definiu a Justiça Eleitoral como foro competente para julgar crimes como corrupção e lavagem de dinheiro quando associados a caixa 2.

A ideia, segundo interlocutores, é que o encontro na casa de Maia sirva para "distensionar" a relação entre Executivo, Judiciário e Legislativo. Toffoli tem defendido um pacto entre os Poderes para votar reformas consideradas fundamentais, como a da Previdência e a tributária.

Em entrevista ao Estado, o presidente Supremo afirmou que a tecnologia voltada para destruir a honra será combatida a todo custo. “Esse assassinato de reputações que acontece hoje nas mídias sociais, impulsionado por interesses escusos e financiado sabe-se lá por quem, deve ser apurado com veemência e punido no maior grau possível”, afirmou Toffoli. “Isso está atingindo todas as instituições e é necessário evitar que se torne uma epidemia.”

A escalada de agressões enviadas principalmente em correntes de WhatsApp e postagens no Twitter e Facebook preocupa a Corte em um momento de crescente tensão política. No Senado, um grupo articula a criação da “CPI da Lava Toga”, a fim de investigar possíveis excessos cometidos por tribunais superiores.

Casual

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Um dos últimos a chegar, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, usava traje informal para o encontro. Vestia  jeans, camisa polo vinho, óculos de sol e uma mochila. Ao ser abordado por repórteres na entrada da residência oficial da Câmara, disse apenas que tinha sido convidado para almoçar. 

“Em um sábado a essa hora, eu espero só que eu vá almoçar”, disse o ministro. Além de ministros, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), também participa do encontro. 

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