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Maia encaminha caso Jaqueline Roriz à Corregedoria

Por Eduardo Bresciani
Atualização:

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), encaminhou hoje, em reunião da Mesa Diretora, as denúncias contra Jaqueline Roriz (PMN-DF) para a análise do corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE). Fonte agora vai ouvir a defesa da deputada e preparar um parecer para que a Mesa decida posteriormente se encaminha ou não o caso ao Conselho de Ética. Este trâmite, porém, deve ser ofuscado, porque o PSOL vai apresentar na tarde de hoje, durante a instalação do Conselho, uma representação diretamente ao colegiado pedindo a investigação.Em vídeo divulgado em primeira mão pelo portal estadão.com.br, Jaqueline Roriz foi flagrada recebendo um pacote de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, delator do chamado "mensalão do DEM". Em nota, a deputada afirmou que o dinheiro era caixa dois de campanha.Maia tomou a decisão de mandar o processo para o caminho mais longo, via Corregedoria, porque ainda não recebeu informações do Ministério Público (MP) sobre o caso. Ele ficou de cobrar os dados nesta tarde do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O presidente da Câmara procurou desvencilhar a Casa das acusações contra a parlamentar. "O problema não é da Casa, o problema é da deputada, que vai ser investigada aqui, está sendo investigada no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Ministério Público e também deve ser (investigada) pela polícia", disse. Maia afirmou que a Corregedoria vai apurar também a denúncia de que a deputada usou recursos de verba indenizatória a fim de pagar aluguel de um imóvel que pertenceria a seu marido.O corregedor afirmou que vai tentar notificar a deputada já nesta tarde. Jaqueline pediu licença médica da Casa por cinco dias. Eduardo da Fonte adiantou que, se não conseguir notificar a deputada em três tentativas, vai fazer a notificação pelo Diário Oficial. Após isso, Jaqueline terá cinco dias para apresentar sua defesa.Somente depois disso o corregedor poderá fazer alguma instrução do processo e encaminhar seu parecer à Mesa. Eduardo da Fonte afirmou que o processo terá a "rapidez" que o regimento permitir. Maia complementou que o trâmite de acordo com o regimento trará garantias para a Casa de que a investigação não seja questionada no futuro.

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