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Maia diz que frase de Carlos causa insegurança a empresários: 'Quem paga é o pobre'

Para o presidente da Câmara dos Deputados, declaração não cabe em um 'país democrático'

Por Mariana Haubert
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 10, que declarações como a do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, que questionam a democracia, causam insegurança aos investidores nacionais e estrangeiros e atrapalham o crescimento do País, o que, na avaliação dele, prejudica os mais pobres.

Maia afirmou que os agente públicos precisam ter responsabilidade sobre o que falam. "É uma declaração que não cabe num País democrático. [...] Frases como essa devem colaborar muito com a insegurança dos empresários brasileiros e estrangeiros de investir no Brasil. A conta das nossas frases quem paga é o povo mais pobre. Cada um de nós tem que refletir e tomar muito cuidado com o que diz", disse.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em Brasília (12/06/2019) Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Nesta segunda-feira, 9, nas redes sociais, Carlos Bolsonaro disse que, por meios democráticos, não haverá as mudanças rápidas desejadas no País. O presidente da Câmara declarou ainda que o crescimento abaixo das expectativas é consequência também desse tipo de comportamento.

"Tem alguma variável de sinalização que os agentes públicos estão dando, de todos os Poderes, que está gerando insegurança aos investidores. A gente tem que compreender os motivos de uma redução tao drástica da nossa expectativa de crescimento deste ano", afirmou.

Maia julgou também que a situação da Venezuela, ao abrir mão de um sistema democrático, fez com que ninguém mais quisesse investir lá. "Democracia é o sistema que dá estabilidade aos países, confiança, tranquilidade para investimentos a longo prazo, que é o que precisamos para gerar empregos", concluiu

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