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Maia defende PEC para organizar atuação de militar da ativa no governo

Para o presidente da Câmara, é prudente esperar para discutir a proposta, já que no momento 'muitos militares exercem função de ministro'

Foto do author Marlla Sabino
Por Marlla Sabino e Camila Turtelli
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 23, acreditar que no futuro será necessário aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição para organizar a participação de militares no Poder Executivo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

 

"Essa questão de militares na ativa estarem no Poder Executivo em funções gratificadas isso a gente vai ter que organizar melhor no futuro. Quem quiser vir no futuro para o governo, vem, mas vai precisar, sem dúvidas nenhuma, caminhar automaticamente para a reserva", afirmou o parlamentar, em entrevista à revista

Época

.

Desde o início do governo

Jair Bolsonaro

,

o número de militares que ocupam cargos civis no governo federal mais do que dobrou, de acordo com um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU)

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. Segundo relatório divulgado dia 17, a quantidade de militares – tanto da ativa quanto da reserva – passou de 2.765, em 2018, para 6.157, em 2020.

Segundo Maia, como muitos miltares exercem função de ministro, é mais prudente esperar para fazer a discussão sobre a PEC.

"É bom que a gente construa. Não para agora, para não parecer que é contra o ministro A ou ministro B, ou assessor A ou assessor B, mas um pouquinho mais na frente acho que a gente vai ter que aprovar uma PEC para que quem vier para o mundo civil não possa estar na ativa. Não é bom. Não é bom para as Forças Armadas, não é bom para o Brasil."

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