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Magistrados não terão férias em janeiro e em julho

CNJ revogou a resolução que previa as férias coletivas para os dois meses, e também a resolução que previa a possibilidade de os juízes venderem férias não gozadas

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) voltou atrás e revogou duas resoluções, nesta segunda-feira, que beneficiavam os juízes brasileiros. O CNJ tomou as decisões após o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado a suspensão de uma dessas resoluções, que garantia férias coletivas para os magistrados nos meses de janeiro e julho. Além do ato sobre férias coletivas, o CNJ revogou uma resolução que previa a possibilidade de os juízes venderem férias não gozadas. Essa resolução chegou a ser questionada no STF, mas o conselho resolveu revogá-la antes mesmo do julgamento. Segundo os conselheiros, a decisão poderia trazer forte impacto nos orçamentos dos tribunais de todo o País, pois em muitos casos eles não teriam como cumpri-la. O prognóstico era de que o Supremo suspenderia o ato. Criado pela reforma do Judiciário, o CNJ foi instalado em meados do ano passado e tem se envolvido em polêmicas. Os problemas começaram com o envio para o Congresso de um projeto de lei prevendo o pagamento de jeton de mais de R$ 5 mil para os conselheiros. Se o pagamento da gratificação for aprovado, alguns integrantes do CNJ passarão a receber salários superiores ao teto do funcionalismo público, que atualmente é de R$ 24,5 mil. Um projeto semelhante foi enviado ao Congresso pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Aprovado no Legislativo, ele foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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