
08 de julho de 2011 | 08h44
Dilma tem o nome do interino Paulo Sérgio Passos como uma alternativa pronta para ser efetivada. O PR resiste a essa opção. Para o partido, tão importante quanto escolher o sucessor de Nascimento é aproveitar a negociação para reabilitar o afastado presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot. Os líderes querem levá-lo de volta ao cargo depois dos depoimentos da próxima semana, no Senado e na Câmara.
Maggi recebeu o convite de Dilma para assumir os Transportes numa conversa por volta das 21h de quarta-feira. O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), confirmou ontem que ele era o primeiro da lista do Planalto e do partido, mas a legenda quer ganhar tempo e só voltará a conversar com Dilma na semana que vem, depois que Pagot for ouvido na terça-feira, às 9h, no Senado, e na quarta-feira na Câmara.
A expectativa do PR é que ele se saia bem - o próprio Maggi está pessoalmente empenhado na reabilitação do amigo. Pagot esteve sempre com o senador em postos relevantes: foi seu secretário de Infraestrutura, chefe da Casa Civil e secretário de Educação.
Isso explica o porquê de, em conversa anteontem com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, Maggi ter protestado com veemência contra o afastamento de Pagot. "Não se pode desonrar um homem daquele jeito", desabafou. Oficialmente, porém, Portela informou que Maggi precisa de tempo porque está avaliando a situação.
A dúvida é se há impedimento jurídico por conta do envolvimento de empresas dele com o governo. O líder citou o BNDES e a Marinha, já que uma empresa do senador opera na área da navegação e do transporte fluvial para escoar a soja produzida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.