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Maggi diz que prazo de Marina venceu e vê ministro mais ágil

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Por Redação
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O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), disse nesta quarta-feira que o prazo de Marina Silva venceu à frente do Ministério do Meio Ambiente e espera mais agilidade na concessão de licenças ambientais por parte de seu substituto no cargo, Carlos Minc. "Todo mundo tem seu tempo", disse ele. "Ela foi um ícone, mas venceu o prazo. Ninguém é insubstituível", acrescentou o governador em entrevista à Reuters, por telefone. Pivô de algumas polêmicas com a ex-ministra, Maggi disse que ela "fez um serviço bom e soube representar bem o Brasil" no exterior. Para ele, no entanto, Marina Silva foi mal assessorada no que diz respeito a informações sobre o desmatamento em seu Estado. "Ela e sua equipe começaram a receber muita informação errada, haja vista o número de desmate no Mato Grosso", disse Maggi. "Ela não tinha uma base correta para tomar decisões. Isso foi ruim para a imagem de Mato Grosso e do Brasil." Maggi referia-se a dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que apontaram no início do ano um recorde no desmatamento em Mato Grosso nos meses de entressafra agrícola, entre agosto e dezembro. Na ocasião, a então ministra disse que a situação no Estado era "preocupante", após um sobrevôo à região do município mato-grossense de Marcelândia, considerado o recordista no desmatamento. Marina Silva atribuiu na época o aumento à alta no preço das commodities, dizendo não acreditar que isso havia ocorrido por "coincidência". Maggi disse esperar do novo ministro, o carioca Minc, maior agilidade na concessão de licenças ambientais para projetos no Estado. "Se (Minc) vier com o ritmo de trabalho que vinha desempenhando no Rio, será bom para a fluidez dos licenciamentos de projetos no Estado", afirmou. "O que se discorda é o tempo que demora para resolver as coisas. Por que tem que demorar dois anos para licenciar uma usina hidrelétrica?", perguntou. Questionado se a saída de Marina Silva seria uma opção do governo pelo desenvolvimento a qualquer custo, ele respondeu: "Longe disso. Se é bom para o Rio, não é a qualquer custo", afirmou, referindo-se a Carlos Minc, que antes de aceitar o ministério ocupava o cargo de secretário do Ambiente do Rio de Janeiro. (Reportagem de Jonas da Silva)

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