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Mãe do copiloto viu 'sonho acabar' pela televisão

Vítima do acidente desta quarta-feira, Geraldo Magela da Cunha faria 45 anos no dia 15 de setembro e seria pai pela segunda vez

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Por Alex Capella
Atualização:

Odete Ferreira da Cunha, 73, mãe do copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha, 44, morto no acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, que vitimou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, na última quarta-feira, 13, disse nesta quinta-feira, 14, que viu o "sonho do filho acabar" pela televisão.

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Na hora do acidente, Odete estava na sala de espera de um consultório médico, em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, onde mora. Com a voz embargada, Odete lembrou que Magelinha, como era chamado por familiares e amigos mais íntimos, completaria 45 anos no dia 15 de setembro. Segundo ela, como muitos valadarenses, ele migrou para os Estados Unidos no fim dos anos 1980 para estudar e realizar o sonho de ser piloto de avião. "Estava no médico quando vi a notícia."

Desde de criança, meu filho dizia que tinha o sonho de se tornar piloto de avião. Vi isso acabar pela televisão", disse Odete. O copiloto era casado, tinha um filho de 4 anos e a esposa, Joseline, está em New Jersey, nos Estados Unidos, grávida de uma menina. Ela viajaria para o Brasil, na próxima segunda-feira, para se encontrar com o marido e familiares. Porém, antecipou o retorno com a notícia do acidente. 

Sete pessoas morreram no acidente que matou Eduardo Campos Foto: José Patrício/Estadão

Segundo Eduardo Cunha, irmão de Geraldo Magela, o copiloto gostava tanto de voar que praticava voo livre em Valadares. "O sonho dele era ser piloto de avião, então estudou para isso e conseguiu. Ele era muito competente e experiente como piloto", assegurou.

Sete pessoas morreram no acidente, além de Campos, o piloto, o copiloto e assessores da campanha. Eduardo Cunha disse que não sabia que o copiloto estava trabalhando no voo acidentado e não confirmou se o irmão teria aceitado substituir um colega no trecho para Santos.

"Fiquei sabendo que ele estava no avião por uma tia que me ligou de Timóteo e disse que ele estava trabalhando para esse homem (EduardoCampos) que morreu no acidente. Na hora, não acreditei", afirmou.

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