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Macron rebate Bolsonaro: 'Não é questão de lobby, queremos ajudar futuro da Amazônia'

Presidente francês não assistiu ao discurso do brasileiro na abertura da Assembleia-Geral da ONU: 'Eu estava em uma correria'

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Foto do author Beatriz Bulla
Por Beatriz Bulla , Ricardo Leopoldo (Broadcast), Giovana Girardi e Paulo Beraldo
Atualização:

NOVA YORK - O presidente da França, Emmanuel Macron, não assistiu ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas, mas rebateu um dos argumentos do brasileiro. Cerca de 30 minutos após o discurso, questionado pelo Estado sobre a fala de Bolsonaro, Macron disse que não se trata de interesse econômico na floresta, mas de pensar no futuro da região que é “um bem comum”.

O presidente da França, Emmanuel Macron Foto: Rick Bajornas/EFE

“Eu estava em uma correria e não vi o discurso”, disse Macron. Diante da informação de que Bolsonaro afirmou que há interesse colonialista e de exploração da riqueza da região por parte dos que criticam o governo brasileiro, o francês respondeu.

 “Eu acho que todos nós só queremos ajudar as pessoas da Amazônia. (…) Temos muitas pessoas envolvidas no (debate sobre) futuro da Amazônia e acho que o que queremos fazer é ajudar as pessoas, com completo respeito pela soberania, ajudando o povo. Não é questão de lobby ou interesse, os lobbies são para destruir a floresta para seus próprios interesses. O que nós queremos fazer é ajudar pessoas para elas mesmas e para o futuro da Amazônia, porque é um bem comum.”

Emannuel Macron, presidente da França

Enquanto Bolsonaro saía do plenário da Assembleia-Geral após assistir ao discurso do presidente americano Donald Trump, o francês se reuniu no corredor da ONU com o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). Não há previsão de encontro bilateral entre o governo federal brasileiro e a comitiva francesa.

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