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Lyra assume pretensão de governar Alagoas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado federal João Lyra (PTB), maior financiador da campanha do prefeito eleito de Maceió, Cícero Almeida (PDT), declarou nesta segunda-feira que tem pretensão de se tornar governador do Estado. Com a vitória nas urnas do seu candidato, o usineiro quebrou o silêncio e assumiu que a eleição de Almeida era o combustível que faltava para a impulsionar sua provável candidatura ao governo do Estado nas eleições de 2006 para a sucessão do governador Ronaldo Lessa (PSB). "É claro que a vitória de Cícero me fortalece", afirmou o usineiro, que indicou a filha, Lourdinha Lyra, candidata a vice-prefeita na chapa de Cícero Almeida. Precavido, Lyra deixou claro que apesar das pretensões políticas com vistas às eleições de 2006, disse que ainda não é candidato, mas "se for o caso", estará "dedicado de corpo e alma ao Estado". Cientistas políticos avaliam que a união do grupo liderado por Lyra é de fundamental importância para o sucesso do seu projeto político. Além do PTB e do PDT, fazem parte desse bloco PFL, PP, PSL e o PPS, cooptado pelos partidos de centro-direita desde a coligação que fez com o PRTB do ex-presidente Fernando Collor, em 2002. Com a eleição de Cícero, o grupo de Lyra passar a figurar como a terceira força política de Alagoas, disputando em pé de igualdade com as outras duas: uma liderada pelo bloco socialista - de Lessa e da prefeita Kátia Born - e outra comandada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Teotônio Vilela Filho (PSDB). Correndo por fora, tentando recuperar o terreno perdido, estão os grupos da senadora Heloísa Helena (PSOL) e do ex-presidente Fernando Collor (PRTB). A senadora - que no segundo turno se manteve neutra - isolou-se ao ser expulsa do PT e criou um partido novo, que ainda não elegeu ninguém. Até agora, a única liderança de Alagoas que o PSOL conseguiu conquistar foi o seu ex-companheiro Mário Agra. Já o ex-presidente Collor, depois da derrota para Lessa em 2002, ficou de fora das eleições deste ano, apoiando apenas discretamente o pastor Ildo Rafael (PMN), que na véspera do pleito desistiu da candidatura e foi acusado de ter recebido R$ 150 mil para renunciar. O único êxito de Collor nas urnas de 2004 foi ter conseguido eleger o filho James Fernando (PRTB), vereador em Rio Largo, na grande Maceió.

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