
20 de novembro de 2008 | 15h57
A luta anti-racista começa a diminuir e adquire uma nova fase com a aprovação do projeto pela Câmara dos Deputados que define cotas para universidades federais. A afirmação é da assessora de diversidade e apoio a cotistas da Universidade de Brasília, Deborah Santos. Ao estadao.com.br, a professora disse, no entanto, que o fato não representa uma mudança. "Nós, militantes, vemos isso com muita felicidade, mas não diria uma mudança. É uma nova fase neste momento". Veja Também:Você é a favor ou contra as cotas? Ouça a entrevista Câmara aprova cotas raciais em universidades públicasReitor da Unipalmares fala no combate ao racismo I Reitor da Unipalmares fala no combate ao racismo II Data lembra a morte de Zumbi dos Palmares O que abre e o que fecha no feriado da Consciência Negra No feriado, 1,6 milhão de veículo devem deixar São Paulo Rodovias de SP devem receber mais de 2,5 mi de veículos no feriado Saiba em quais cidades é feriado no dia 20 A Câmara aprovou o projeto que cria cotas de 50% das vagas nas Universidades Federais vinculadas ao Ministério da Educação e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio para os estudantes de escolas públicas. Essas vagas serão preenchidas com reservas para negros, pardos e índios na proporção da população de cada Estado, de acordo com o censo do IBGE. O projeto ainda precisa passar no Senado. Para Deborah, o momento no País e no mundo- com a eleição nos EUA do primeiro presidente negro- mostra uma possibilidade de acabar com a desigualdade, "na qual o racismo é o fundamental" está sendo revista no mundo inteiro. "Não é a presença do Obama lá que vai garantir que modificamos todas as coisas e que vai melhorar o racismo no mundo ou no País mesmo. Fico feliz com a aprovação, mas o importante é manter esses alunos também", disse.
Encontrou algum erro? Entre em contato